Semana 46/52

20 de novembro de 2017

Estamos na contagem decrescente para o Natal...para o fim do ano.
A semana foi igual a tantas outras, sem dramas nem sobressaltos (e ainda bem).
O sol está invicto no seu posto, nuvens nem vê-las. Frio, temos de manhã e ao fim da tarde. A verdade é que está a ser um Novembro muito doce e suave, mas a natureza está a ressentir-se e quem pagará, no fim das contas, a fatura, seremos nós. Ontem fomos ajudar os tios e os avós a apanhar azeitona e a tia dizia que nunca tinha andado na apanha com tanto calor. 
Ir à aldeia enche a nossa memória olfativa de aromas que trazemos connosco para a cidade e que são uma delícia só. Coisas simples, como o cozido da avó, o cheiro dos eucaliptos, as tangerinas apanhadas da árvore e descascadas em andamento e que impregnam tudo à sua volta com aquele aroma cítrico intenso, ou a lenha a crepitar na lareira ao fim do dia.
Vou ser sincera. Os miúdos não ficaram agradados com a ideia de irmos na noite anterior à viagem, porque tinham coisas planeadas e tiveram de faltar (e eu até louvo o espírito de compromisso). Mas dias não são dias e tenho a certeza que no final do dia, o saldo foi bom. Participaram naquele ritual de bater com os paus na oliveira para fazer cair a maior quantidade de azeitonas possível. Ajudaram a recolher o pano. Separaram as azeitonas dos galhos e das ramagens maiores e ajudaram a encher as sacas para enviar para o lagar. O trabalho de ontem vai transformar-se em azeite. E isso não se aprende sentado na sala de aula. Aprende-se no contacto com a mãe natureza, arregaçando as mangas, sentindo o esforço de tirar da terra aquilo que ela nos dá. E o sentimento bom que fica depois do trabalho feito.


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