Algumas das fotos do aniversário do João

26 de abril de 2013










Finalmente já consegui descarregá-las. Depois do virote que foi ontem o nosso fim de dia...
Agora que a miúda tem gesso no braço é que o tempo se lembrou de esfriar. As t-shirts facilitavam bastante as coisas.
Enfim...
Custa-me vê-la a queixar-se da comichão, das dores que vai sentindo, do desconforto de não ter posição.
Esta noite dormiu mal. Nem brincar consegue como deve ser. Hoje disse-me:
- mãe, a boca agora é o meu outro braço. Ajuda-me a fazer algumas coisas.
Precisa de ajuda para quase tudo. Lavar os dentes, vestir-se depois de ir à casa-de-banho.
Está a aprender a usar a mão esquerda como pode.
O ser humano tem uma capacidade de adaptação imensa e é nestes momentos que esta se manifesta.
Queremos protegê-los de tudo o que é mau, mas não conseguimos e, no fundo, todas estas experiências vão fazer parte do seu crescimento, de quem eles são.

Fratura em ramo verde

25 de abril de 2013



Foi assim que terminou o nosso feriado. No HGO, com a Diana.
3 semanas até tirar a tala engessada.
Há sempre uma primeira vez para tudo na vida. São coisas que acontecem. 

3 anos do sobrinho mais reguila de "todó" sempre

25 de abril de 2013







Happy B-Day Johnny P!

Sintonia do amor

23 de abril de 2013

- mãe, hoje tive saudades tuas, mas não chorei.
Afinal foi mútuo. Afinal não sou só eu que sinto a falta de beijar as suas bochechinhas, ou de lhe cheirar o cabelo enquanto a envolvo num abraço...
Afinal não é só coisa de mãe, também é coisa de filha.
Ele não é tanto destas mariquices. Verdade. Muito embora ainda me procure, longe da vista dos outros, para mimos e aconchego.
Tenho tanta pena que a vida nos atropele tanto as coisas boas que podíamos desfrutar, nestes anos dourados da infância dos nossos filhos.
O ano passado estava com eles a todas horas e minutos do dia, mas o meu trabalho não me fazia feliz. Andei sempre angustiada.
Este ano tenho um trabalho que me realiza, mas que me afastou da rotina dos meus filhos muito mais do que eu gostaria.
Why can't we have both?

Saudades

22 de abril de 2013

Quase todos os dias tenho vontade de falar com os meus filhos a meio do dia.
Claro que isso não é possível, porque eles (ainda) não têm telemóvel.
Mas agora percebo que os miúdos têm telemóvel por necessidade dos pais e não ao contrário. Será? 

Se eu pudesse...

22 de abril de 2013


Ao contrário do resto das mães deste planeta

10 de abril de 2013


Dias em que não tenhamos o pai à hora do jantar são, regra geral, dias em que se come em frente à televisão, no sofá (ou no chão, neste caso), em que nem sempre há salada ou legumes e em que cometemos um excessozitos.
Felizmente, são a excepção à regra.
E qual é a frase que o pai diz quando chega a casa?
- mas o que é isto? que rebaldaria é esta?
E é assim. Ele toma conta de nós e faz de mim uma pessoa muito mais disciplinada. 

Diz que hoje é Dia dos Irmãos

10 de abril de 2013

A bem dizer, se há dias para quase tudo, acho muito bem que haja um que homenageie esses cromos da nossa caderneta.
Hoje tinha um presente quando cheguei a casa, imagine-se. Eu, que nem sabia que era Dia dos Irmãos. Eu, que já nem sei o que é essa coisa de receber prendas.
A minha irmã deixou-me aquela que é a maior obra literária para quem foi criança nos anos 80, "A caderneta de Cromos", do Nuno Markl.
Fiquei emocionada, pá!
Isto de ser irmão é uma coisa que não se escolhe. Eu pelo menos não escolhi, porque esse título foi-me atribuído com apenas 15 meses, por isso, para todos os efeitos práticos desta vida, já nasci irmã, uma vez que não me lembro de nada antes disso.
Aliás, posso afirmar com toda a certeza que é ela a minha memória mais antiga, isso deve ser o suficiente para lhe atribuir um lugar de destaque no meu álbum de recordações.
O meu irmão é aquele personagem que já não partilhou nada comigo, a não ser o quarto nos meus últimos meses de vida em casa dos meus pais. Quando me casei ele tinha 3 anos. Será, de certeza, um dos cromos dourados na caderneta dos meus filhos e isso já me deixa feliz.
Foi uma grande aventura viver a gravidez da minha mãe, na altura com 39 anos. Depois saber que era um rapaz...nós que estávamos habituadas à maioria lá em casa, embora o meu pai sempre tivesse sido um homem muito sábio entre as suas mulheres. E convém realçar que isto não é para todos. Manteve a sua sanidade mental até hoje o que é louvável.
Ora pois que se partilha cuspo, arranhões, medos, dúvidas existenciais, defeitos, roupa, música, brinquedos e tudo e tudo.
Lembro-me daquele dia na Serra de Sintra, em que chovia imenso e eu levei uma lambada porque estava armada aos cucos e não queria que segurasses o chapéu de chuva comigo. É assim, os irmãos mais velhos pensam que sabem melhor, que têm mais força, que os direitos lhes assistem por ordem de chegada a este mundo, mas depois vai-se aprendendo, de galheta em galheta, que também não foram quase nenhumas, que nós até éramos umas garotas atinadas.
Lembro-me de quando partimos o estrado da tua cama, num acesso de fúria em que nos esgatanhámos porque eu não te queria dar a abébia de experimentares o meu primeiro relógio, bracelete azul, com o Snoopy no mostrador, lembras-te?
Para castigo tiveste de dormir no estrado partido durante meses, com um barrotezito a segurar a parte danificada.
E aquela noite memorável da nossa puberdade, em que, sozinhas em casa, nos inúmeros banhos que partilhámos, nos sentámos à conversa, em pelota, eu na sanita (normalíssimo) e tu em cima do lavatório e aquela coisa despencou, tu vieste parar ao chão e incrédulas vimos a casa começar a inundar.
Vá lá que o meu cérebro em estado de choque ainda conseguiu raciocinar que a torneira de segurança lá na rua se podia desligar e parar o rio que saía do lavatório partido.
Isto imediatamente antes de pensar que os pais nos iam matar quando chegassem a casa e vissem aquele espectáculo.
E quando pisámos uvas num alguidar? E quando jogávamos badminton naquela rede que o pai improvisou lá no pátio? E o medo que eu tinha de cães, mas que continha porque sabia que tinhas pavor...
E quando brincávamos com as cenouras e outras amostras de legumes que a senhora nos dava quando íamos com a mãe à praça?
E as idas à Maconde para comprar roupa nova?
E as férias em Alvisquer?
E as manhãs em que a primeira a acordar tinha o dever fraternal de acordar a outra quando começavam os desenhos?
E as papas de bolacha maria e leite cheio de chocolate?
E podia estar aqui até ser velhinha, que provavelmente é o que vai acontecer, daqui a uns anos quando começarmos a ficar repetitivas e só nos lembrarmos do que se passou há 30 ou 40 anos.
Temos muitas coisas boas para recordar.
Quase me atreveria a afirmar que os melhores anos da nossa vida são estes, dos 6 aos 12.
E é esta a magia de se ser irmão. As nossas memórias, os cheiros, as paredes, os sabores, estão guardados noutra cabeça e noutro coração. De uma maneira que nunca poderíamos partilhar com um amigo, por muito íntimo que este fosse.
Não foi tudo maravilhoso. Não. But I wouldn't want it any other way...



Há coisas da nossa infância que ficam na gaveta do esquecimento, adormecidas...até termos os nossos próprios filhos.
Aí, com o passar dos anos, através das várias etapas de crescimento das nossas crianças, abrimos essas gavetas, uma a uma. De memórias, de gestos...
Hoje viajei no tempo, ao caminhar lado a lado com a minha filha até ao supermercado.
- olha, mãe, estamos a dar os passos ao mesmo tempo com o mesmo pé.
E ali estava eu e a minha mãe. Eu a fixar a cadência dos seus passos para caminhar em sintonia com ela, como se dançássemos.
Sorri. 
Puxei-a para junto de mim, ela com a sua mão na minha cintura, eu com a minha apoiada no seu ombro.


That's all folks!

5 de abril de 2013

Será que foi desta que a chuva parou?
Pelo menos está a dar-nos tréguas por alguns dias, já não é nada mau.
O tempo é escasso e cada vez escrevo menos. É um facto incontornável.
Os pequenos detalhes do dia-a-dia, que tão avidamente registava nos primeiros anos de vida dos meus filhos, vão-se perdendo nesses segundos do quotidiano que passam e não se repetem.
Escorrem-me pelos dedos, varrem-se-me da mente, pelo menos com a preciosidade de sentimentos que me trazem ao coração nos instantes em que se dão e que se desvanecem quando os quero transpor por palavras através do teclado.
E isto desanima-me a vontade de escrever.
Ontem a garota perdeu um dos incisivos superiores. Mais um pormenor da sua primeira infância que se perde.
Mais um pouco de nostalgia no meu coração de mãe verdadeiramente piegas.
Foi um autêntico circo, para não variar muito. A miúda não é dada a estas coisas de dores e sangue e tem muita dificuldade em lidar com este meu lado pragmático, quando se trata de resolver estas coisas naturais da vida.
Por fim, a minha resiliência venceu-a pelo cansaço e lá lho arranquei .
As notas deste período já me foram entregues.
O meu gene matemático defeituoso passou certamente para eles, porque ambos tiveram suficientes. Nada auspicioso. Se para ele as perspectivas se começam a nublar bastante, para ela ainda vejo um raio de sol à espreita. Só o futuro o dirá.
De resto a coisa segue com Bons e Muito Bons.
Hoje é sexta feira e eu permito-me rejubilar com mais um fim de semana.
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